31 / 10 / 2025 - 06h38
Castro e governadores aliados lançam “consórcio da paz” após operação no Rio
 
 
Rio de Janeiro – O governador do Rio de Janeiro (RJ), Cláudio Castro (PL), reuniu-se na noite desta quinta-feira (30/10), no Palácio Guanabara, com governadores aliados para discutir acordos e estratégias após a megaoperação deflagrada contra o Comando Vermelho (CV). Durante o encontro, foi anunciada a criação de um “consórcio da paz” entre os estados.
 
Participaram do encontro os seguintes governadores:
 
Celina Leão (PP), vice-governadora do Distrito Federal (DF).
Eduardo Riedel (PP), governador do Mato Grosso do Sul (MS).
Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina (SC).
Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais (MG).
Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás (GO).
Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo (SP), que participou de forma remota.
 
Desde a tarde de terça (28), quando o número de mortes passou a aumentar de forma significativa, o embate político em torno da segurança pública foi reacendido.
 
A conferência entre os governadores teve início por volta das 18h30. Após cerca de 1 hora de conversa, os governadores concederam coletiva de imprensa na sede do governo fluminense.
 
Durante a coletiva, o governador do RJ anunciou que os governadores decidiram se unir em um “consórcio da paz”.
“A proposta é clara: a criação no âmbito dos estados, o consórcio da paz. Faremos um consórcio entre os estados para que possamos dividir experiências, soluções e ações contra o crime organizado, para que possamos compartilhar ajuda”, detalhou Castro.
A ideia é que, inicialmente, a medida tenha sede instalada no Rio de Janeiro. Castro destacou que enxerga a iniciativa de maneira positiva.
 
O governo fluminense ficou encarregado de formalizar a proposta. Castro salientou que a ideia é que o governo do RJ não fique responsável por coordenar o projeto, uma vez que o centro será instalado no estado. “Não é para o RJ, é no RJ e para o Brasil”, apontou.
Segundo as autoridades, a reunião teve como objetivo demonstrar apoio a Castro após o estado registrar a operação policial mais letal de sua história — a ação resultou na morte de 121 pessoas, entre elas quatro policiais.
 
O governador Caiado também detalhou a proposta. “Tem um único objetivo: integração das forças dos nossos governos. Em tese, é fazer com que todas nossas forças sejam integradas e, com base em inteligência e no operacional, possam ser utilizadas para ajudar, isso dá agilidade”, apontou.
 
Os governadores alinhados à direita criticam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, enviada pelo governo Lula ao Congresso Nacional.
 
A proposta prevê a unificação das forças policiais do país — medida vista pelos estados como uma ameaça à autonomia das corporações locais.
 
 
Fonte:Metrópoles
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