Após um mês de interdição para reparos, a Ponte Metálica João Luís Ferreira, que liga Teresina (PI) a Timon (MA), será reaberta ao tráfego de veículos nesta segunda-feira (6), a partir das 6h da manhã. A liberação acontece inicialmente no sentido Timon-Teresina, das 6h às 9h, período de maior fluxo de motoristas que se deslocam para a capital piauiense. Após as 9h, o tráfego será normalizado.
Segundo o coronel Jaime Oliveira, diretor de Operações da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), a obra corresponde à primeira etapa do projeto de recuperação da ponte, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“Houve a necessidade dessa reforma, que foi planejada em três etapas. A primeira corresponde ao leito ferroviário, aos dormentes e à correção do tablado, que foi substituído por uma estrutura de cimento e pintada”, explicou o coronel.
Na fase final, estão sendo concluídos os serviços de pintura e lavagem da estrutura metálica interna e externa.
A execução dos serviços de manutenção e melhorias estruturais da Ponte Metálica está sob responsabilidade da Ferrovia Transnordestina Logística S.A. (FTL), concessionária na linha férrea.
O projeto completo de recuperação da Ponte Metálica será dividido em três fases:
Um estudo da Strans realizado ainda na gestão do ex-prefeito Firmino Filho apontou que, entre 6h e 9h, mais de 2 mil veículos trafegam no sentido Timon-Teresina. Por isso, nesse horário, a ponte será mantida exclusivamente para esse fluxo. Após as 9h, o tráfego será normalizado.
A Strans informou que um novo estudo será feito a partir desta semana para avaliar o volume de veículos e definir possíveis ajustes no trânsito.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI) acompanha os trabalhos na Ponte Metálica desde janeiro deste ano, quando surgiram questionamentos sobre a segurança da estrutura.
Segundo Cleitman Oliveira, engenheiro do CREA-PI, foi criada uma comissão específica para fiscalizar grandes estruturas após o acidente ocorrido na ponte de Tocantins.
“O CREA montou uma comissão, fez inspeção, elaborou relatório e o entregou ao Ministério Público e à concessionária. A partir disso, a empresa seguiu as recomendações e iniciou a programação de reparos. A ponte não apresenta risco de ruína, mas foram identificados processos de corrosão que precisam de intervenção para garantir a segurança no médio e longo prazo”, afirmou Cleitman.
Fonte:Cidadeverde.com